A amamentação materna é um dos atos mais importantes para a saúde e o desenvolvimento do bebê e da mãe. No entanto, existem muitas dúvidas e informações falsas sobre esse tema. Neste post, vamos esclarecer 10 verdades e mitos sobre a amamentação materna, para que você possa amamentar seu filho com segurança e confiança.
O leite materno é o melhor alimento para o bebê até os seis meses de vida. O leite materno contém todos os nutrientes, anticorpos e água que o bebê precisa para crescer saudável e protegido de doenças. Nenhum outro alimento ou bebida é necessário até os seis meses, nem mesmo água ou chá.
Algumas mulheres não têm leite ou têm pouco leite. Na maioria dos casos, as mulheres têm capacidade de produzir leite suficiente para seus filhos, desde que recebam orientação e apoio adequados. A produção de leite depende da sucção do bebê e da frequência das mamadas. Quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido.
A amamentação deve continuar após os seis meses, junto com a alimentação complementar. A partir dos seis meses, o bebê começa a receber outros alimentos, mas o leite materno continua sendo uma fonte importante de nutrientes e imunidade. A recomendação é que a amamentação seja mantida até os dois anos de idade ou mais.
É preciso dar um intervalo entre as mamadas para encher o peito de leite. Essa é outra ideia equivocada que pode prejudicar a amamentação. O peito da mãe nunca fica vazio de leite, pois ele é produzido continuamente durante as mamadas. Não é preciso esperar o peito encher para oferecer ao bebê, pois isso pode causar ingurgitamento (peito empedrado) e diminuir a produção de leite.
A amamentação traz benefícios para a mãe e para o bebê. Além de nutrir e proteger o bebê, a amamentação também favorece o vínculo afetivo entre a mãe e o filho, ajuda na recuperação do útero e previne hemorragias no pós-parto.
A amamentação também reduz o risco de câncer de mama e de ovário na mãe, além de acelerar a perda de peso.
O peito rachado ou machucado é normal na amamentação. O peito rachado ou machucado é um sinal de que algo está errado na amamentação, geralmente a posição ou a pega do bebê. Esse problema pode ser evitado com orientação e cuidados adequados. O peito rachado ou machucado não é motivo para interromper a amamentação, mas sim para buscar ajuda profissional.
A posição e a pega do bebê são fundamentais para uma boa amamentação. A mãe e o bebê devem estar confortáveis durante a amamentação. O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto ao seu corpo, com os braços livres e a cabeça alinhada ao peito. A boca do bebê deve abocanhar toda a aréola (parte escura em volta do mamilo), não apenas o bico. Assim, ele consegue sugar melhor o leite e evitar machucados no peito da mãe.
A mãe que tem HIV não pode amamentar. Essa afirmação era verdadeira no passado, mas hoje em dia não é mais. Com o avanço do tratamento antirretroviral, as mães que vivem com HIV podem amamentar seus filhos sem risco de transmissão do vírus, desde que sigam as orientações médicas e mantenham o uso correto dos medicamentos. A amamentação exclusiva até os seis meses é recomendada para essas mães, pois reduz o risco de infecções no bebê.
O bebê deve mamar em livre demanda, sem horários fixos. Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, que depende da sua fome, sede e necessidade de afeto. Por isso, não há uma regra sobre quantas vezes ou quanto tempo o bebê deve mamar por dia. O ideal é que a mãe ofereça o peito sempre que o bebê quiser ou der sinais de fome, como levar as mãos à boca ou chorar.
A amamentação interfere na eficácia da contracepção: A amamentação pode funcionar como um método contraceptivo natural, mas apenas sob certas condições específicas. No entanto, é fundamental utilizar métodos contraceptivos adicionais caso não se enquadre nos critérios necessários para evitar uma gravidez indesejada.
A amamentação pode ser prejudicada pelo uso de mamadeira e chupeta. A utilização da mamadeira e da chupeta desestimulam o bebê a buscar o leite no seio materno. Isso pode interferir também na produção adequada de leite.
Quem teve parto normal produz mais leite: O tipo de parto não tem interferência na produção de leite, que depende da sucção do bebê e da frequência das mamadas.
É preciso lavar os mamilos antes de amamentar: Lavar os mamilos antes de amamentar não é necessário. Os mamilos produzem uma substância que o bebê cheira e tem “boas bactérias” que ajudam a construir o sistema imunológico saudável dos bebês.
Tem alimentos que aumentam a quantidade de leite produzido: Não é comprovado cientificamente que o consumo de qualquer alimento ou bebida aumente a quantidade de leite materno. Porém, o contrário pode ocorrer. Bebidas alcoólicas, por exemplo, prejudicam a produção, sem contar que o álcool pode chegar até o bebê pelo leite, por isso não deve ser consumido.
Esperamos que este post tenha esclarecido algumas das suas dúvidas sobre a amamentação.
Além disso, é importante lembrar que a amamentação é um direito da mãe e do bebê, e que você pode contar com o apoio dos profissionais de saúde, da família e dos grupos de apoio para viver essa experiência da melhor forma possível.