Se em, algum momento da sua vida, você resolveu fazer uma dieta ou seguir uma “moda” alimentar e ficou se questionando: “Comer ou não comer, eis a questão!”
Afinal de contas, hoje em dia vivemos um verdadeiro terrorismo alimentar.
Com tantas informações ao nosso alcance fica difícil saber qual realmente é a melhor a seguir, não é mesmo?
Entretanto, uma coisa é certa, as medidas muito drásticas nunca são uma boa escolha.
Então, nesse artigo vamos te guiar para não em busca de boas praticas alimentares e não cair no terrorismo alimentar.
Entenda o que o terrorismo nutricional
Terrorismo nutricional é um termo criado para se referir à tendência de demonizar certos alimentos ou grupos alimentares. Criando uma atmosfera de medo e culpa em relação à comida.
Onde, influenciadores, mídias e falsos profissionais da saúde disseminam informações sobre alimentação de forma exagerada, alarmista e sem embasamento científico.
No qual, na maioria das vezes essa abordagem é usada como um chamariz para dietas extremamente restritivas, que prometem resultados milagrosos, mas raramente são sustentáveis a longo prazo.
Além disso, essas informações podem gerar medo, ansiedade e culpa em relação aos alimentos, e distorcer a percepção do que é uma alimentação saudável e equilibrada.
Nesse sentido, o terrorismo nutricional pode levar a comportamentos alimentares restritivos, compulsivos ou obsessivos, que podem prejudicar a saúde física e mental das pessoas. Além disso, pode contribuir para o aumento de transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e ortorexia.
Existem alimentos bons e alimentos ruins
A resposta curta é: NÃO.
Não existem alimentos diretamente bons ou ruins.
Na verdade, “vilanizar” um alimento por si só é muito raso. Em vez disso, é fundamental considerar o contexto e a frequência com que consumimos determinados alimentos.
Já que, uma das principais características do terrorismo nutricional é classificar os alimentos como bons ou ruins, saudáveis ou não saudáveis, permitidos ou proibidos.
Contudo, essa visão simplista e radical ignora que os alimentos são compostos por diversos nutrientes, que podem ter diferentes funções e efeitos no organismo, dependendo da quantidade, da combinação e da individualidade de cada pessoa.
Por exemplo, frutas e vegetais são frequentemente considerados “bons” devido aos seus benefícios nutricionais, mas se você comer apenas esses alimentos, poderá desequilibrar sua dieta.
Da mesma forma, um bolo ou uma pizza, de vez em quando, não devem ser vistos como “vilões” se forem consumidos com moderação dentro de um plano alimentar equilibrado.
Além disso, os alimentos também têm um valor afetivo, cultural e social, que não pode ser desprezado. Comer é um ato de prazer, de satisfação e de convivência, que faz parte da nossa história e da nossa identidade.
Portanto, não existem alimentos bons ou ruins, mas sim uma alimentação equilibrada, que inclui uma variedade de alimentos, sem excluir nenhum grupo alimentar, sem demonizar nenhum nutriente e sem criar regras rígidas e inflexíveis.
O segredo está em compreender que a qualidade geral da sua dieta é mais importante do que rotular alimentos como mocinhos ou bandidos.
Como alcançar o equilíbrio nesse relacionamento com os alimentos e entrar em paz com a balança?
Para não entrar nas “noias” do terrorismo nutricional e manter uma relação mais saudável com os alimentos e com o seu corpo, é preciso: Ter senso crítico e buscar informações confiáveis e baseadas em evidências científicas. Não se deixe levar por modismos, dietas milagrosas ou promessas irreais. Desconfie de tudo que parece muito bom ou muito ruim para ser verdade.
Um bom primeiro passo é o autoconhecimento, preste atenção ao seu corpo e às suas necessidades individuais.
Além disso, é importante respeitar os seus sinais internos de fome e saciedade, ouvir as suas vontades e preferências alimentares e comer com atenção plena, sem culpa ou julgamento.
Nesse sentido, aprenda a apreciar os alimentos com todos os seus sentidos, sem pressa ou distrações. Permita-se comer de tudo um pouco, sem restrições desnecessárias ou excessos prejudiciais.
Por fim, lembre-se de que o seu peso não define o seu valor como pessoa nem a sua saúde como um todo. O peso é apenas um dos fatores que influenciam a saúde, mas não é o único e muito menos o mais importante.
A saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social, que envolve vários aspectos da sua vida, como atividade física, sono, estresse, emoções, relacionamentos, entre outros.
Então não se esqueça de escutar, entender e acolher todas as necessidades do seu corpo.