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A tireoide é uma glândula responsável por  regular a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Sua função é produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Dessa maneira, garante o equilíbrio do organismo.

Seu formato lembra uma borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.Comparada a outros órgãos do corpo humano, a tireoide é relativamente pequena. Entretanto, em comparação a outras glândulas é uma das maiores, podendo chegar a até 25 gramas em um adulto.

Desse modo, a tireoide atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertiroidismo). Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são simples de se diagnosticar.
Conheça mais sobre eles nesse artigo!

Hipotireodismo 

 

O que é hipotireodismo 

 

O hipotireoidismo é uma alteração da tireoide em que há diminuição da produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que são essenciais para o bom funcionamento do corpo. Esses hormônios regulam o metabolismo, ou seja, a forma como o organismo utiliza e armazena energia. Quando há falta desses hormônios, o metabolismo fica mais lento e atrapalhando o funcionamento adequado de diversos órgãos e sistemas, incluindo o coração, o cérebro, os músculos e o sistema digestivo.

Nesse sentido, existem diversas causas para o hipotireoidismo, sendo a mais comum a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que afeta a tireoide. Além disso, tratamentos para o hipertireoidismo, como a remoção cirúrgica da tireoide ou o uso excessivo de medicamentos, podem resultar em hipotireoidismo.

Dessa maneira , o hipotireoidismo é mais comum em mulheres a partir dos 40 anos de idade, especialmente quando existe histórico de familiares próximos com hipotireoidismo, quando se fez retirada de uma parte ou toda a tireoide, ou quando se fez algum tipo de radiação na cabeça ou pescoço.
Entretanto, pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascidos – o chamado hipotireoidismo congênito.

Quais os sintomas  hipotireodismo 

O hipotireoidismo pode passar despercebido em suas fases iniciais, pois os sintomas são muitas vezes sutis e podem ser confundidos com outras condições. No entanto, é importante estar atento a algumas mudanças no corpo que podem indicar a presença dessa condição. Os sintomas mais comuns incluem:

• Cansaço excessivo
• Aumento de peso sem causa aparente
• Diminuição dos batimentos cardíacos
• Queda de cabelo e cabelos mais finos, secos e sem brilho
• Pele áspera e seca
• Unhas frágeis e quebradiças
• Pálpebras inchadas
• Dificuldade de concentração e memória fraca
• Menstruação irregular
• Diminuição da libido
• Dor de cabeça, nos músculos e articulações
• Intolerância ao frio
• Prisão de ventre
• Depressão

Além disso, em alguns casos, a pessoa pode apresentar mudanças de personalidade, demência e retenção de líquidos, que pode causar inchaço e pressão sobre os nervos periféricos, resultando em formigamento e dormência no punho.

No caso das crianças, o hipotireoidismo também pode interferir no desenvolvimento, causando puberdade atrasada, baixa estatura e retardo mental.

Qual o tratamento  hipotireodismo 

 

Felizmente, o hipotireoidismo é uma condição tratável. O tratamento mais comum envolve a reposição dos hormônios tireoidianos que estão em falta no corpo, geralmente na forma de um medicamento chamado levotiroxina que é uma forma sintética do hormônio T4. Esse medicamento ajuda a restabelecer os níveis hormonais normais e aliviar os sintomas.

O tratamento deve ser feito pelo resto da vida, sob orientação médica. É importante fazer exames periódicos para verificar se a dose está adequada e se há necessidade de ajustes.

O tratamento do hipotireoidismo é simples e eficaz, mas requer disciplina e acompanhamento médico. Quando bem controlado, o problema não traz maiores complicações para a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

Hipertireoidismo 

 

O que é Hipertireoidismo 

 

O hipertireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide produz mais hormônios do que o normal, causando um aumento do metabolismo do corpo. Quando há excesso desses hormônios, o organismo fica acelerado e pode apresentar diversos sintomas.

Assim como o hipotireodismo, o hipertireoidismo  também é mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos de idade, mas pode afetar qualquer pessoa, independente de gênero ou idade. 

Além disso, o hipertireoidismo possui várias causas, as principais são:

• Doença de Graves: é uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico produz anticorpos contra a tireóide, estimulando a produção excessiva de hormônios. É a causa mais frequente de hipertireoidismo.
• Nódulos ou cistos na tireóide: são formações benignas que podem aumentar a atividade da glândula e liberar mais hormônios na circulação.
• Tireoidite: é uma inflamação da tireoide, que pode ser causada por infecções virais ou outros motivos, como o pós-parto. A inflamação pode levar à liberação de hormônios armazenados na glândula, causando um quadro transitório de hipertireoidismo.
• Ingestão excessiva de iodo: o iodo é um elemento essencial para a síntese dos hormônios da tireoide. Quando há consumo excessivo de iodo, seja por alimentos ou medicamentos, pode haver um aumento da produção hormonal.
• Superdosagem de hormônio da tireóide: Algumas pessoas usam medicamentos para tireoide com o objetivo de emagrecer ou tratar outras condições. No entanto, isso pode causar um desequilíbrio hormonal e provocar hipertireoidismo.

Quais os sintomas Hipertireoidismo 

 

Identificar o hipertireoidismo pode ser importante para buscar tratamento adequado.Entretanto, os sintomas do hipertireoidismo podem variar de acordo com a gravidade e a duração do problema. Em geral, os principais sintomas são:

• Perda de peso sem causa aparente
• Aumento do apetite
• Taquicardia, arritmia e palpitações
• Aumento da pressão arterial
• Ansiedade, irritabilidade e nervosismo
• Tremor nas mãos e nos dedos
• Suor excessivo
• Intolerância ao calor
• Alterações no funcionamento do intestino, com evacuações frequentes
• Bócio (glândula tireoide visivelmente aumentada) ou nódulos na tireoide
• Fadiga e fraqueza muscular
• Dificuldade para dormir
• Afinamento da pele
• Queda de cabelo e cabelos mais finos, secos e sem brilho
• Unhas frágeis e quebradiças
• Alterações na menstruação
• Diminuição da libido
• Inquietação

Além disso, em alguns casos, a pessoa pode apresentar mudanças de personalidade, demência e retenção de líquidos, que pode causar inchaço e pressão sobre os nervos periféricos, resultando em formigamento e dormência no punho. No caso das crianças, o hipertireoidismo também pode interferir no desenvolvimento, causando puberdade precoce, baixa estatura e problemas de aprendizagem.

Qual o tratamento Hipertireoidismo 

 

O tratamento do hipertireoidismo consiste em reduzir a produção dos hormônios da tireoide por meio de medicamentos, cirurgia ou iodo radioativo. Dessa maneira, depende da causa, da gravidade e das condições de cada pessoa. E, claro, deve ser feito sob orientação médica, preferencialmente de um endocrinologista, que é o especialista em distúrbios hormonais.

Bem como, uma das formas de tratamento  é o uso de medicamentos antitireoidianos, que bloqueiam a síntese dos hormônios da tireoide. Eles podem ser usados por um período determinado ou por toda a vida, dependendo do caso. 

Outra opção é a cirurgia que consiste na remoção parcial ou total da glândula tireóide. É indicada para casos de bócio muito grande, nódulos suspeitos de malignidade ou quando os medicamentos não são eficazes ou causam reações adversas.
Entretanto, a cirurgia pode levar à hipotireoidismo, que é a falta de hormônios da tireoide, e requer a reposição hormonal por toda a vida.

Ainda assim, existe o tratamento realizado com o iodo radioativo. Uma substância que é administrada por via oral e é absorvida pela tireoide, causando a destruição das células que produzem os hormônios. É indicado para casos de doenças graves, nódulos ou bócio. O iodo radioativo pode levar ao hipotireoidismo e requer um acompanhamento médico rigoroso.

Se você tem algum dos sintomas citados acima ou suspeita que possa ter hipotireoidismo ou hipertireoidismo, procure um médico endocrinologista para fazer uma avaliação e iniciar o tratamento adequado. Não se automedique nem use medicamentos para tireoide com o objetivo de emagrecer, pois isso pode causar sérios danos à sua saúde.

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