Você sabia que o câncer infantil, apesar de raro, é a principal causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes no Brasil?
Essa informação é difícil de processar, mas também nos alerta para a importância de falar sobre o tema. O câncer infantil não afeta apenas as crianças, ele impacta famílias inteiras, amigos e até a comunidade ao redor.
Conhecer os sinais, entender o diagnóstico e saber como oferecer apoio pode transformar vidas e aumentar as chances de cura.
O que é o câncer infantil?
O câncer infantil é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células no organismo de crianças e adolescentes. Ao contrário do que ocorre em adultos, ele raramente é causado por fatores externos, como exposição a substâncias nocivas ou hábitos de vida, sendo na maioria das vezes atribuído a alterações genéticas.
Os tipos mais comuns de câncer infantil apresentam características específicas e demandam tratamentos distintos.
Leucemia:
A leucemia é o tipo mais comum de câncer infantil, representando a maior parte dos diagnósticos em crianças. Ela afeta o sangue e a medula óssea, locais onde as células sanguíneas são produzidas.
Nesse tipo de câncer, ocorre o crescimento descontrolado de células imaturas, que bloqueiam a produção saudável de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Isso compromete funções vitais, como o transporte de oxigênio, a defesa contra infecções e a coagulação sanguínea.
Os tumores cerebrais e do sistema nervoso central ocupam o segundo lugar entre os cânceres infantis e são um dos maiores desafios no tratamento pediátrico.
Eles se desenvolvem no cérebro ou na medula espinhal, regiões fundamentais para controlar funções essenciais do corpo, como movimento, cognição e respiração.
Linfomas:
O neuroblastoma é um câncer raro, mas mais comum em crianças pequenas, especialmente aquelas com menos de 5 anos. Ele se origina nas células nervosas imaturas do sistema nervoso simpático, que regula funções automáticas do corpo, como respiração, frequência cardíaca e pressão arterial.
O neuroblastoma geralmente começa nas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins, mas também pode afetar outras áreas do sistema nervoso, como pescoço, tórax e medula espinhal..