Venda de planos para quem tem mais de 60 anos é desencorajada.Associação diz que associados idosos aumentam custos das empresas.
Quem procura um plano de saúde para o idoso sabe como é difícil fechar um contrato. O custo geralmente é alto e as empresas fazem várias exigências – isso quando conseguem comprar um plano.
O engenheiro Luiz Henrique Ferreira Spingarn procura um plano de saúde para a mãe, de 84 anos. E enfrenta todos os tipos de dificuldade. “Sempre tentam me desestimular dizendo que precisa fazer um monte de exames, precisa fazer avaliações periciais. Ou seja, hoje em dia uma pessoa idosa não tem direito à saúde”, diz ele. Como é mais suscetível a doenças e frequenta mais consultórios e hospitais, o idoso enfrenta mesmo muitas dificuldades para conseguir um bom plano de saúde. Paga mais caro e, muitas vezes, ele próprio tem que ir atrás das empresas para contratar o serviço, já que os corretores são desestimulados a vender planos para homens e mulheres de mais idade.
Um corretor, que pediu para não ser identificado, mostra uma tabela feita com informações fornecidas pelas operadoras de saúde. Nove das treze empresas que aparecem na lista não pagam comissão a corretores que vendem planos a clientes a partir de certa idade. Em algumas, a restrição começa já aos 58 anos.
O motivo, segundo o corretor, é econômico: “Eles simplesmente não querem que esses clientes entrem no plano de saúde, porque acreditam que financeiramente darão prejuízo para essas empresas devido ao alto risco desses clientes utilizarem frequentemente esses planos.”
Prática de mercado
O presidente da federação que reúne os corretores de seguro (Fenacor), Robert Bittar, confirma que este comportamento existe no mercado. “Obviamente que essa prática de não remunerar os corretores nos casos de gente mais velha é um subterfúgio que se utilize para restringir a oferta”, diz.
O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, entidade que representa as operadoras, afirma que as empresas são obrigadas a atender a todos, não importa a idade. Mas, segundo ele, o idoso custa mais caro para o plano.
“Quanto mais idosos (a empresa) tem, mais dificil é manter o equilibrio dessa carteira. O que a operadora recebe e o que ela dispende tem que estar mais ou menos equilibrado”, diz Almeida. A
Fenasaúde, que também representa algumas operadoras, declarou em nota que desconhece qualquer prática discriminatória por parte de suas afiliadas.
estou tentando contratar um plano de saude para minha mãe de 69 anos diabetica estou encontrando muitas barreiras inclusive de carencia porque ela é diabetica. nenhum plano recebe cliente com doença pré existente e a carencia chega a 2 anos isso é absurdo.