A pandemia da COVID-19 deixou várias marcas na população. Entre elas houve um aumento significativo de consumo de álcool. Mas, afinal, existe uma quantidade de bebida ideal para o consumo? 

A grande verdade é que o consumo de álcool em geral não traz benefícios para o corpo. Aliás, o hábito excessivo pode ser porta de entrada para doenças graves, como câncer.

Por isso, antes de pensar na quantidade de bebida que é permitida ser consumida pense no prejuízo ao organismo. Assim, será possível que o consumo seja mais consciente e moderado.

Moderação, por sinal, é uma palavra de ordem quando se trata da quantidade de álcool a ser consumida. Mas os números mostram que, durante a pandemia da Covid-19, isso não foi levado a sério.

Tanto que, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, na América Latina, o consumo de álcool aumentou. 

Mas como saber se você está bebendo demais? Qual a quantidade de bebida que posso beber? É importante entender o seu limite. Contudo, especialistas indicam a quantidade de bebida em um cenário generalista.

Pesquisadores do Conselho de Saúde e Pesquisa Médica Nacional (NHMRC) afirmam que os excessos com o álcool prejudicam diretamente à saúde. Inclusive, o consumo de bebidas pode levar à pancreatite aguda. 

Além disso, o surgimento de câncer e o aumento da pressão arterial podem ter relação direta com o consumo de álcool. E nos últimos anos, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas foi crescente e a pandemia da Covid-19 agravou muito isso.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, o consumo de álcool por pessoa em 2010 foi em média quase 20 litros por homem e 7 litros por mulheres. Entre adolescentes, esse número também preocupa e está associado à morte violenta, além de problemas de aprendizado e outras violências.

No Brasil, aproximadamente 30% dos adolescentes, entre 15 e 19 anos, consomem álcool de forma desregulada. Sendo que as pessoas que realizam o consumo antes do 15 anos têm influência direta de amigos, festas e meios de socialização. 

Tanto que o IBGE aponta dados de levantamento realizado com meninos e meninas com idade entre 13 e 15 anos, o qual aponta que um a cada quatro entrevistados já tinha ficado embriagado. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) deixa claro que os fatores que levam uma pessoa à dependência são inúmeros. Entre eles, a vulnerabilidade mental é apontada como um ponto fundamental a ser pontuado. Até porque, algumas pessoas têm uma tendência do organismo à dependência.

Portanto, o limite seguro de consumo é uma incógnita, pois o álcool tem ação diferente em cada organismo. Inclusive, os pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, analisaram mais de 100 mil pessoas e constataram que não há limite seguro para o consumo de álcool.

Mesmo que algumas pesquisas apontem o consumo saudável de uma taça de vinho, por exemplo, é sempre importante deixar claro que cada organismo é individual. Desse modo, cada pessoa terá uma reação diferente aos estímulos gerais.

Aliás, um dos pesquisadores da universidade deixa muito claro que a ideia de que é liberado “beber com moderação” é uma mentalidade adotada pela grande indústria de bebidas. Mas para quem não abre mão de tomar uma bebida, é ideal que isso não ocorra diariamente. Já que beber todos os dias é altamente prejudicial à saúde.  

Até porque, os riscos de uma pessoa que bebe todos os dias adoecer é cerca de 0.5% maior em relação aos que não fazem ingestão de bebida alcoólica. No caso de duas doses, o percentual chegava a 0.7% e aqueles que bebiam cinco doses tinham 35% de chances de terem doenças.

Os dados deixam muito claro que o consumo de álcool não é saudável. No caso de dependência à bebida, o psiquiatra é o médico responsável pela condução do tratamento junto ao paciente. Além dele, é possível que a pessoa realize exames periódicos com objetivo de cuidado com a saúde.

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