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O futebol feminino no Brasil tem uma história de lutas, desafios e conquistas. Desde as primeiras partidas em circos até as medalhas olímpicas e os prêmios da Marta, as mulheres brasileiras mostraram talento, garra e paixão pelo esporte. Neste texto, vamos apresentar cinco motivos para não perder um lance da copa do mundo feminina, que é uma oportunidade de valorizar e apoiar as nossas jogadoras. Acompanhe!

O futebol feminino no Brasil

 

O futebol feminino no Brasil começou na década de 20, como nada mais, nada menos do que uma atração de circo.
Pode até parecer piada,mas as partidas de futebol entre mulheres começaram como performance, não uma partida de fato.

Sendo assim,não é de se espantar que  os avanços futebolísticos para as mulheres foram insignificantes durante um bom tempo. E o esporte ficou limitado a periferias e longe de clubes. A modalidade era considerada violenta para mulheres e ideal apenas para homens. 

Entretanto, em 1940 com jogos entre mulheres no Pacaembu houve um suspiro de esperança. Mas, não durou muito, já que a visibilidade gerou revolta em parte da sociedade.

O que logo levou a proibição da prática do esporte entre mulheres.
Apesar disso, o futebol ainda era jogado de maneira clandestina, levando em 1965, já no governo militar, uma proibição mais rígida.

Finalmente em 1979 a proibição foi revogada.
Mesmo com o direito de jogar futebol, as mulheres estavam limitadas,sem apoio de clubes e federações.

Sendo realmente regulamentada só 4 anos depois, em 1983.
Permitindo que pudesse competir, criar calendários, utilizar estádios e ensinar nas escolas.

Em 1988 a FIFA realizou um torneio experimental na China: o Women’s Invitational Tournament.

A visibilidade das meninas no futebol brasileiro era tão mínima, que não houve nenhuma confecção especial de roupas para as jogadoras. Viajaram para o Mundial com as sobras das roupas dos homens.

Contudo, mesmo com todos os problemas, o torneio foi um grande passo para o desenvolvimento da modalidade feminina em todo o mundo. Ao todo, 12 seleções participaram, e o Brasil ficou com o bronze nos pênaltis.

Enfim, em 1991 houve a primeira Copa do Mundo Fifa de Futebol Feminino. A CBF assumiu o time oficialmente, mas o tratamento ainda era muito aquém do recebido pela seleção masculina. O que favoreceu a eliminação do Brasil logo na primeira fase.

Duas copas depois, eis que a primeira medalha na Copa do Mundo feminina chega. O bronze foi conquistado com muito esforço, pois mesmo com todo o talento, ainda era tratado como amadorismo no país.

O gol da vitória sobre a Nigéria nas quartas, marcado por Sissi, é lembrado até hoje como um dos mais bonitos da história dos Mundiais.

Finalmente,a Rainha Marta chega à seleção! 

 

Em 2003 jogando sua primeira copa ao lado da atacante Cristiane.No mesmo ano, o Brasil foi medalhista de ouro no Pan de Santo Domingo. E em 2004 a prata nas olimpíadas.
Logo após, em 2006, a Marta levou o seu primeiro troféu como melhor do mundo.O que, nesse mesmo ano, desencadeou uma sequência de bons resultados para a seleção feminina de futebol:

O Ouro no Pan do Rio, com goleada por 5 a 0  contra os EUA.
Prata na copa do mundo feminina na China, perdendo para Alemanha.
E um tempo depois, em 2008 a prata nas olimpíadas de Pequim.

Além dessas, em 2009, outra competição entrou para o calendário Feminino de futebol: a Libertadores. O torneio teve 10 equipes, uma de cada país membro da Conmebol, o Santos representou o Brasil e foi campeão.

Em 2014 tivemos uma grande conquista para as atletas.
A seleção permanente,para colocar em atividade jogadoras que estivessem sem um calendário preenchido.

Logo após, em 2017, a Conmebol decidiu obrigar os clubes a terem times femininos se quiserem disputar suas competições no masculino. O mesmo caminho foi seguido pela CBF.
Uma grande conquista para o futebol feminino que agora terá real presença no cenário futebolístico do país.

 

A Marta é eleita pela sexta vez a melhor do mundo!

 Em 2018 a Marta, já parte da história do futebol mundial, conquista pela sexta vez o título de melhor jogadora do mundo.

Muitos foram os avanços desde 1920 até hoje, mas ainda sim lentos.
Hoje em dia, os clubes, cumprindo a obrigatoriedade, têm times femininos e disputam campeonatos.

Assim como, a profissão já é reconhecida e valorizada e as jogadoras conseguem viver da profissão de atleta.

Contudo, o futebol feminino no Brasil, ainda não atingiu todo o seu potencial e nem recebe a atenção e investimento que merece.

 

5 motivos para assistir a copa do mundo feminina

 

1- Equidade de gênero nos esporte

Se você leu o texto acima, percebeu o tamanho da desigualdade entre homens e mulheres no futebol. A jornada ainda é longa e o futebol femininino ainda está muito atrás no quesito visibilidade e investimento.

Dessa forma, apoiar, assistir, torcer por elas é uma grande maneira de levantar a causa e dar voz a equidade de gênero no esporte.

2 – Premiação Recorde

O chefe da FIFA, Gianni Infantino, anunciou em março deste ano que o prêmio total da Copa do Mundo Feminina de 2023 será três vezes maior do que o da edição anterior, na França, e dez vezes maior do que o de 2015. 

Nesse sentido, o montante de US$ 150 milhões será repartido entre os times participantes. 
Uma notícia melhor ainda, é que esperasse  alcançar a igualdade de prêmios com o masculino até o Mundial de 2027.

3- Copa da Expansão 

A primeira edição da Copa do Mundo Feminina, realizada em 1991, contou apenas com 12 seleções. Já a edição de 2019, disputada na França, teve a participação de 24 equipes.

Já o mundial deste ano contará com 32 seleções! Ao todo, serão oito estreantes no Mundial da Austrália & Nova Zelândia: Haiti, Panamá, Portugal, Zâmbia, Vietnã, Marrocos, Filipinas e Irlanda.

4- A maior delegação até hoje 

A Seleção Brasileira terá pela primeira vez uma mulher como técnica em uma Copa do Mundo. Pia Sundhage liderará a equipe ao lado da maior delegação da história.

Com 31 profissionais, entre eles o chefe de delegação, a comissão técnica e os dirigentes, além das 26 jogadoras (sendo três reservas). É também a maior presença feminina na história, com 17 mulheres.

5- Ultima copa da Marta

A Marta fez história não só no futebol e seus feitos reverberam por todo o sempre, como uma lenda: a Rainha do Futebol.
Se esses não são argumentos suficientes para te convencer a ver esse último espetáculo vestindo a amarelinha,não sei mais o que pode te convencer.