Quantas vezes durante a vida, você já ouviu frases como:
“homem não pode chorar,” ou “aaah que feio, menino não chora” ?
Essas frases, que muitos meninos crescem ouvindo, tem criado uma geração de homens suprimidos com a conexão de seus sentimentos e emoções internas, assim como as dos outros que o cercam.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), 78% dos casos de autoextermínio em 2019 tiveram homens como vítimas. Presos a uma cultura tóxica, muitos deles se recusam a procurar ajuda devido aos julgamentos da sociedade e a obrigação de serem sublimemente fortes e encorajados.
Mas as consequências desta realidade vão além da saúde mental e se abrigam também na saúde física.
Isso é o que você vai acompanhar conosco agora em nosso blog!
Fique com a gente, este artigo foi criado para você 😊
Masculinidade tóxica, o que é? Quais são os seus efeitos?
A masculinidade tóxica é uma construção social, que estabelece um conjunto de preceitos que determinam comportamentos específicos esperados de indivíduos do sexo masculino.
De forma geral, essas imposições costumam ser repressivas, valorizando a força física e transformando as emoções em um sinal de fraqueza.
Já na infância, meninos são bombardeados de restrições que os impedem de entrar em contato com as emoções e também de exercer a empatia.
Em consequência disso, o resultado dessa cultura alimenta cada vez mais uma geração de homens adultos que não sabem lidar com suas emoções ou as emoções dos outros, inclusive predispondo-os a dificuldades de relacionamentos afetivos ou sociais, uma vez que desconhecem os mecanismos do campo emocional.
Esse conceito de masculinidade, ou machismo tem sido cada vez um propulsor que ampliam os dados de agressão contra a mulher, homicídios e homofobia, já que o indivíduo foi motivado a exacerbar seus sentimentos unicamente através da reação física ou violência.
Homem não chora, mas se mata.
Segundo um levantamento do Ministério da Saúde, com base nos dados de óbitos por suicídio registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) entre 2010 a 2019, constatou que, no Brasil, homens cometem 3,8 vezes mais suicídios do que mulheres.
A alta discrepância de gênero entre os dados de suicídio, reflete diretamente a base estrutural deste problema. Com medo de se sentirem vulneráveis, covardes ou fracos, eles resistem aos consultórios de psicólogos, psiquiatras e psicanalistas.
Contudo, o silenciamento destas angustias, a dificuldade para falar sobre si mesmo e o medo de pedir ajuda corroboram gradativamente para as chances de exaustão emocional e a possibilidade do suicídio.
Machismo e Saúde! Qual a relação?
Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, vinculado ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em 2018, mais de 50% dos homens só procuram ajuda quando o quadro está avançado e exige intervenção cirúrgica.
No Brasil, os homens vivem em média, sete anos a menos que as mulheres, e esse número certamente está ligado à toxicidade da masculinidade.
Um dos maiores estigmas relacionados a prevenção e saúde masculina ainda tem sido a realização do exame de toque retal, que identifica o câncer de próstata.
Segundo dados, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens e uma das principais causas de morte por doença. O preconceito atrapalha o seu diagnóstico precoce, em consequência as chances de cura e sucesso do tratamento.
De acordo com estatísticas americanas, um em cada oito homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida.
Repensar a masculinidade é essencial
Ressignificar e repensar o papel do homem na sociedade têm se tornado essencial frente a estereótipos que reforçam comportamentos antigos.
O conceito de ‘masculinidade tóxica’ surge como uma crítica ao conjunto de comportamentos considerados intrínsecos ao exercício de uma identidade de gênero socialmente validada, amparada em um ideal viril e por sua vez machista.
Repensar esse conceito é uma transformação necessária para evoluirmos como sociedade e não uma tentativa vigente de extinguir a masculinidade.
Dia do Homem, uma data para se quebrar preconceitos e tabus
O Dia do Homem é comemorado anualmente em 15 de julho, no Brasil. A data foi criada no Brasil pela Ordem Nacional dos Escritores e é celebrado desde 1992.
Seu principal objetivo é conscientizar a população masculina sobre os cuidados com a sua saúde e promover mudanças de comportamentos.
Romper estigmas, eliminar estereótipos e desmistificar tabus são fundamentais e uma oportunidade para que os homens sejam capazes de se libertarem dos padrões de comportamento e possam cada vez mais cuidar de si mesmos e da sua saúde.
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