MPOX é a nova COVID-19?

por | 22 ago 2024 | Saúde | 0 Comentários

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Febre, dor de cabeça, dores musculares, cansaço, sintomas respiratórios e calafrios estão entre os principais sintomas da MPOX, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.

Recentemente, a MPOX tem ganhado destaque devido ao surgimento de casos em países onde a doença era rara. Mas será que a MPOX é a nova COVID-19? A seguir, exploraremos informações essenciais para esclarecer essa dúvida e entender melhor a doença.

O que é a MPOX (Varíola dos Macacos)?

A MPOX é uma zoonose viral. Ou seja, ela pode ser transmitida entre animais e pessoas. 

A doença, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, foi identificada pela primeira vez em 1958 em colônias de macacos, mas hoje sabemos que sua transmissão vai além dessas espécies. 

O vírus pode ser passado por contato próximo com fluidos corporais de uma pessoa infectada ou por meio de arranhões e mordidas de animais, como roedores (esquilos, por exemplo) e até cães domésticos.

Os sintomas incluem dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos e erupções na pele, que podem causar desconforto, mas que geralmente são tratáveis.

A mudança do nome de “varíola dos macacos” para MPOX foi feita para refletir melhor a realidade da transmissão da doença e evitar estigmas que possam levar à violência contra os animais. 

Os animais também são vítimas dessa doença e não devem ser maltratados ou culpados por sua propagação. 

Surtos recentes de MPOX

Em 2022, a MPOX chamou atenção globalmente quando casos começaram a aparecer em países como os Estados Unidos, Reino Unido e várias nações da Europa, regiões onde a doença não era comum. 

Esse aumento nos casos fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificasse a MPOX como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC). No Brasil, o Ministério da Saúde também reforçou a vigilância e adotou medidas preventivas para controlar a doença.

É importante ressaltar que, ao contrário da COVID-19, que se espalhou rapidamente pelo mundo, os surtos de MPOX têm sido mais controlados, com um número de casos significativo, mas sem atingir níveis alarmantes.

Contágio, sintomas e tratamento

O contágio da MPOX ocorre principalmente por meio do contato próximo com pessoas infectadas, ou com animais que carreguem o vírus. Aqui estão as principais formas de transmissão:

MPOX

O que dizem a OMS e o Ministério da Saúde

A OMS destaca a importância de monitorar a doença de perto para evitar novos surtos e mitigar sua propagação. 

O Ministério da Saúde do Brasil também tem estado atento à situação, reforçando a necessidade de vigilância ativa e a notificação imediata de casos suspeitos, além de recomendar ações coordenadas para impedir que a doença se espalhe ainda mais pelo país.

Ambas as entidades sublinham que, apesar dos novos casos em locais onde a MPOX não era endêmica, os surtos têm sido controlados e a disseminação tem sido mais limitada, especialmente quando comparada a outras emergências de saúde pública. 

Isso é resultado de esforços contínuos em vigilância, educação e resposta rápida às novas infecções.

MPOX é a nova COVID-19?

Embora existam semelhanças entre as duas doenças, a MPOX não é a nova COVID-19. 

A principal diferença é que já temos um conhecimento prévio sobre a MPOX, ao contrário do que aconteceu com o Coronavírus, que era desconhecido no início da pandemia. 

Isso permite uma resposta mais rápida e eficaz no controle da MPOX. Abaixo, uma tabela comparativa que destaca essas diferenças:

Característica MPOX COVID-19
Agente Causal Vírus Monkeypox (Orthopoxvirus) SARS-CoV-2 (Coronavírus)
Transmissão Contato direto, fluidos corporais, objetos contaminados Gotículas respiratórias, contato direto, superfícies contaminadas
Sintomas Principais Febre, dor de cabeça, erupção cutânea, inchaço dos gânglios linfáticos Febre, tosse, dificuldade respiratória, fadiga, perda de olfato/paladar
Período de Incubação 5 a 21 dias 2 a 14 dias
Taxa de Mortalidade Geralmente baixa (1% a 10% em surtos específicos) Varia de acordo com a cepa e região, em média cerca de 2% a 3%
Prevenção Vacinação para grupos de risco, higiene, isolamento de casos Vacinação, uso de máscaras, distanciamento social, higiene das mãos
Disponibilidade de Vacina Limitada e destinada a grupos específicos Amplamente disponível para a maioria da população

 

Em suma, embora os surtos recentes tenham causado uma maior atenção, a transmissão e os impactos dessa doença são bastante diferentes. 

Com as medidas preventivas adequadas e a resposta coordenada das autoridades de saúde, a MPOX está sendo controlada de maneira eficaz. 

O conhecimento sobre as diferenças entre essas doenças pode ajudar a reduzir preocupações desnecessárias e a focar em uma prevenção consciente e informada.

 

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