Febre, dor de cabeça, dores musculares, cansaço, sintomas respiratórios e calafrios estão entre os principais sintomas da MPOX, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
Recentemente, a MPOX tem ganhado destaque devido ao surgimento de casos em países onde a doença era rara. Mas será que a MPOX é a nova COVID-19? A seguir, exploraremos informações essenciais para esclarecer essa dúvida e entender melhor a doença.
O que é a MPOX (Varíola dos Macacos)?
A MPOX é uma zoonose viral. Ou seja, ela pode ser transmitida entre animais e pessoas.
A doença, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, foi identificada pela primeira vez em 1958 em colônias de macacos, mas hoje sabemos que sua transmissão vai além dessas espécies.
O vírus pode ser passado por contato próximo com fluidos corporais de uma pessoa infectada ou por meio de arranhões e mordidas de animais, como roedores (esquilos, por exemplo) e até cães domésticos.
Os sintomas incluem dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos e erupções na pele, que podem causar desconforto, mas que geralmente são tratáveis.
A mudança do nome de “varíola dos macacos” para MPOX foi feita para refletir melhor a realidade da transmissão da doença e evitar estigmas que possam levar à violência contra os animais.
Os animais também são vítimas dessa doença e não devem ser maltratados ou culpados por sua propagação.
Surtos recentes de MPOX
Em 2022, a MPOX chamou atenção globalmente quando casos começaram a aparecer em países como os Estados Unidos, Reino Unido e várias nações da Europa, regiões onde a doença não era comum.
Esse aumento nos casos fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificasse a MPOX como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC). No Brasil, o Ministério da Saúde também reforçou a vigilância e adotou medidas preventivas para controlar a doença.
É importante ressaltar que, ao contrário da COVID-19, que se espalhou rapidamente pelo mundo, os surtos de MPOX têm sido mais controlados, com um número de casos significativo, mas sem atingir níveis alarmantes.
Contágio, sintomas e tratamento
O contágio da MPOX ocorre principalmente por meio do contato próximo com pessoas infectadas, ou com animais que carreguem o vírus. Aqui estão as principais formas de transmissão:
O que dizem a OMS e o Ministério da Saúde
A OMS destaca a importância de monitorar a doença de perto para evitar novos surtos e mitigar sua propagação.
O Ministério da Saúde do Brasil também tem estado atento à situação, reforçando a necessidade de vigilância ativa e a notificação imediata de casos suspeitos, além de recomendar ações coordenadas para impedir que a doença se espalhe ainda mais pelo país.
Ambas as entidades sublinham que, apesar dos novos casos em locais onde a MPOX não era endêmica, os surtos têm sido controlados e a disseminação tem sido mais limitada, especialmente quando comparada a outras emergências de saúde pública.
Isso é resultado de esforços contínuos em vigilância, educação e resposta rápida às novas infecções.
MPOX é a nova COVID-19?
Embora existam semelhanças entre as duas doenças, a MPOX não é a nova COVID-19.
A principal diferença é que já temos um conhecimento prévio sobre a MPOX, ao contrário do que aconteceu com o Coronavírus, que era desconhecido no início da pandemia.
Isso permite uma resposta mais rápida e eficaz no controle da MPOX. Abaixo, uma tabela comparativa que destaca essas diferenças:
Característica | MPOX | COVID-19 |
Agente Causal | Vírus Monkeypox (Orthopoxvirus) | SARS-CoV-2 (Coronavírus) |
Transmissão | Contato direto, fluidos corporais, objetos contaminados | Gotículas respiratórias, contato direto, superfícies contaminadas |
Sintomas Principais | Febre, dor de cabeça, erupção cutânea, inchaço dos gânglios linfáticos | Febre, tosse, dificuldade respiratória, fadiga, perda de olfato/paladar |
Período de Incubação | 5 a 21 dias | 2 a 14 dias |
Taxa de Mortalidade | Geralmente baixa (1% a 10% em surtos específicos) | Varia de acordo com a cepa e região, em média cerca de 2% a 3% |
Prevenção | Vacinação para grupos de risco, higiene, isolamento de casos | Vacinação, uso de máscaras, distanciamento social, higiene das mãos |
Disponibilidade de Vacina | Limitada e destinada a grupos específicos | Amplamente disponível para a maioria da população |
Em suma, embora os surtos recentes tenham causado uma maior atenção, a transmissão e os impactos dessa doença são bastante diferentes.
Com as medidas preventivas adequadas e a resposta coordenada das autoridades de saúde, a MPOX está sendo controlada de maneira eficaz.
O conhecimento sobre as diferenças entre essas doenças pode ajudar a reduzir preocupações desnecessárias e a focar em uma prevenção consciente e informada.