Nova variante do HIV é identificada em três estados

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Nova variante do HIV
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Recentemente, a descoberta de uma nova variante do HIV chamou a atenção de especialistas da saúde e do público.

Já identificada em três estados brasileiros, essa nova cepa do vírus da AIDS tem gerado preocupação, e é fundamental entender suas implicações.

Nesse artigo, exploraremos o que sabemos até agora sobre essa variante e o que você pode fazer para se proteger.

HIV: Um breve histórico

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) foi identificado pela primeira vez no início dos anos 1980, quando surgiram casos inexplicáveis de imunossupressão (redução da atividade ou eficiência do sistema imunológico) e infecções raras em indivíduos.

Antes de falar sobre o histórico da doença, vamos entender a diferença entre HIV e AIDS?

O HIV é o vírus que causa a infecção, já a AIDS é o estágio mais avançado da infecção, caracterizado por um sistema imunológico severamente comprometido. Ou seja, com o tratamento adequado, a progressão para a AIDS pode ser retardada ou evitada.

Os avanços na pesquisa sobre o HIV e a AIDS têm sido notáveis. Hoje, as terapias antirretrovirais transformaram a infecção em uma condição crônica manejável, ao invés de uma sentença de morte. Essas terapias permitem que muitas pessoas com HIV vivam vidas longas e saudáveis.

Com o tempo, novas variantes do vírus surgiram, continuando a desafiar os esforços de prevenção e tratamento.

Por isso, a luta contra o HIV é uma jornada contínua, marcada por avanços científicos e a necessidade constante de adaptação às mutações do vírus. Apesar dos desafios, as conquistas na área proporcionam esperança e reforçam a importância da continuidade no esforço de prevenção e tratamento.

Causas, sintomas e vida com HIV

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é transmitido principalmente através do contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen, fluidos vaginais e leite materno.

Apesar da principal via de transmissão ser a relação sexual desprotegida, a contaminação também pode ocorrer por meio de agulhas contaminadas e da transmissão vertical durante a gravidez, parto ou amamentação.

Os sinais do HIV variam conforme o estágio da infecção. Na fase inicial, que normalmente aparece entre 2 a 4 semanas após a infecção, os sintomas podem se assemelhar aos de uma gripe, como febre, dor de garganta e erupções na pele. À medida que a infecção progride, pode haver um longo período sem sintomas visíveis.

Sem tratamento, o HIV pode evoluir para AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), que deteriora o sistema imunológico, e pelo surgimento de infecções e alguns tipos de câncer relacionados.

O tratamento antirretroviral (TAR) é fundamental para controlar a multiplicação do vírus, manter o sistema imunológico saudável e evitar a progressão para AIDS. Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares e apoio psicológico.

Nova variante do HIV: O que você precisa saber?

Nova variante HIV

A nova variante do HIV foi descoberta em um estudo realizado por pesquisadores da Bahia.

A pesquisa consistiu em analisar 200 amostras de sangue de pacientes com HIV, que estão sendo acompanhados no ambulatório de infectologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, uma unidade da Universidade Federal da Bahia, associada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Hupes-UFBA/Ebserh).

O estudo aponta que a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, que são comuns Brasil, tornando este um  vírus recombinante. Além da Bahia, também há registros da nova variante no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. 

Com o avanço das pesquisas, é essencial entender o que essa nova cepa representa e como ela pode impactar a saúde pública.

Carlos Brites, professor da UFBA e coordenador do Laboratório de Infectologia do Hupes-UFBA/Ebserh afirma:

“Estudamos as características genéticas do HIV em um grupo de pacientes de nosso ambulatório (Hupes-UFBA/Ebserh) e detectamos um vírus recombinante, mistura de dois vírus diferentes, em um paciente. Este recombinante já havia sido detectado em três outros pacientes em outros estudos e nosso achado demonstra que ele já circula na Bahia”

Já pesquisadora da UFBA, bióloga e co-autora do estudo, Joana Paixão, explica:

“Vale ressaltar que nem sempre é possível a identificação de genomas recombinantes, porque eles são vírus que têm partes de um subtipo numa região do genoma e partes de outros subtipo em outra região. Para dizer com certeza se é um recombinante, em geral, é preciso ter a sequência completa do genoma viral. Então, é possível que não só essa, como muitas outras formas recombinantes, estejam circulando nas várias regiões do Brasil”.

(Depoimentos: www.gov.com.br)

Devemos nos preocupar com a nova variante do HIV?

A identificação de uma nova variante do HIV pode trazer mudanças significativas para a comunidade médica e para as pessoas que vivem com o vírus.

A preocupação é válida porque essas variantes podem exigir ajustes nas estratégias de prevenção e tratamento, além de um acompanhamento mais rigoroso. Manter-se informado sobre as características específicas da nova variante e seguir as orientações de profissionais de saúde é fundamental para gerenciar adequadamente o risco e proteger a saúde.

Como se prevenir contra a nova variante do HIV?

Para se prevenir contra o HIV, é importante adotar uma combinação de estratégias e práticas. Aqui estão algumas das principais formas de prevenção:

  1. Uso de preservativos: O uso correto de preservativos durante relações sexuais reduz o risco de transmissão do HIV.

  2. Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): A PrEP é um medicamento tomado por pessoas HIV-negativas que estão em alto risco de infecção. Quando tomado conforme prescrito, pode reduzir a probabilidade de contrair o HIV.

  3. Profilaxia Pós-Exposição (PEP): A PEP é um tratamento de emergência para pessoas que possam ter sido expostas ao HIV. Deve ser iniciado dentro de 72 horas após a exposição e tomado por 28 dias.

  4. Testes regulares: Realizar testes regulares para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ajuda a identificar e tratar infecções precocemente, além de informar sobre a saúde sexual.

  5. Não compartilhar agulhas: Evitar o compartilhamento de agulhas e outros equipamentos de injeção reduz o risco de transmissão do HIV.

  6. Tratamento como prevenção: Para pessoas vivendo com HIV, manter uma carga viral indetectável através do tratamento antirretroviral (TAR) reduz o risco de transmissão a parceiros sexuais.

  7. Educação e conscientização: Informar-se e educar-se sobre o HIV e práticas de prevenção contribui para uma melhor proteção e redução do estigma associado ao vírus.

Essas medidas são eficazes, mas Consultar um profissional de saúde para obter orientações personalizadas e atualizadas sobre a nova variante do HIV é sempre uma boa ideia.

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