O azeite aumentou, confira os melhores óleos de cozinha para substituir!

por | 23 ago 2023 | Saúde | 0 Comentários

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O preço do azeite de oliva no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, devido a uma série de fatores que afetam a oferta e a demanda do produto. 

Segundo um artigo da BBC News Brasil, a busca por uma alimentação mais saudável teve um papel importante no aumento da demanda por azeite.
Em paralelo, houve a queda na produção mundial de azeite, que se deve a problemas climáticos, pragas e doenças que afetam as oliveiras.

Além disso, tem também os fatores econômicos como a alta do Euro, moeda dos países de importação do azeite, e a alta carga tributária sobre o azeite, que contribui para esse aumento gigante.

Esses fatores levaram a um aumento de mais de 50% no preço médio do litro de azeite no Brasil entre 2018 e 2021.
O que, de certa maneira, colaborou para uma redução na qualidade do produto oferecido no mercado brasileiro, com mais casos de fraudes e adulterações.

Para enfrentar essa situação, alguns especialistas sugerem que o Brasil invista na produção nacional de azeite, aproveitando as condições climáticas favoráveis em algumas regiões do país. Outra alternativa seria buscar novas substituições, também saudáveis, mas com preços que não pesam tanto no orçamento.

azeite

Qual a diferença do óleo de cozinha para o azeite?

 

O óleo de cozinha e o azeite são dois tipos de gordura que podem ser usados na culinária.
Mas que apresentam diferenças importantes em relação ao seu processo de extração, à sua composição química, à sua estabilidade térmica e, principalmente, aos seus benefícios nutricionais.

Nesse sentido, o óleo de cozinha é obtido a partir de sementes, caroços ou grãos oleaginosos, como soja, milho, girassol, canola, etc. Para extrair o óleo dessas fontes, é necessário um processo de refino que envolve altas temperaturas e solventes químicos, o que pode alterar as propriedades do óleo e gerar substâncias tóxicas.

Contudo, o óleo de cozinha tem maior resistência ao calor e pode ser usado para frituras ou processos que exigem altas temperaturas.
Mas não sem ônus, já que ele tem maior teor de gordura poli-insaturada, que é benéfica para o organismo, mas também pode se oxidar facilmente e causar inflamações. Além disso, o óleo de cozinha tem um sabor mais neutro e não interfere no sabor dos alimentos.

Já o azeite é extraído da polpa de frutos, como a oliva, o dendê, o abacate, etc. Para extrair o azeite dessas fontes, é usado um método de prensagem a frio, que preserva os nutrientes e antioxidantes do azeite.

Devido a sua baixa estabilidade térmica o azeite não se dá tão bem com altas temperaturas e pode se decompor mais rápido quando aquecido, gerando gordura saturada e radicais livres. Por isso, é mais indicado para temperar saladas ou pratos frios ou mornos.

O azeite tem maior teor de gordura monoinsaturada, que é mais estável e ajuda a reduzir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL). Além disso, o azeite tem um sabor mais marcante e pode realçar o sabor dos alimentos.

 

O que eu devo levar em conta na escolha de um óleo para cozinhar?

 

Um dos primeiros pontos para se levar em consideração no momento da escolha do óleo é a origem e a qualidade da matéria-prima do óleo. Que pode ser de origem vegetal (como soja, milho, girassol, coco, etc.) ou animal (como banha, manteiga, etc.). Cada tipo de óleo tem suas características nutricionais, sabor e aroma, que podem influenciar na saúde e no resultado das receitas.

A composição e a formulação do óleo, são análises mais avançadas, mas que também devem ser consideradas.
Avaliando, o teor de gorduras saturadas, monoinsaturadas e poliinsaturadas, bem como a presença de aditivos químicos ou antioxidantes. Em geral, as gorduras saturadas são mais estáveis ao calor e podem ser usadas para frituras, enquanto as insaturadas são mais sensíveis e devem ser usadas em temperaturas baixas ou médias.


azeite

Além disso, na hora de escolher o óleo é importante considerar dois outros fatores: temperatura e embalagem.
A temperatura na qual o óleo começa a se decompor é conhecida como ponto de fumaça.
É nesse momento que ele libera substâncias tóxicas, quanto maior o ponto de fumaça, maior a resistência do óleo ao calor e menor o risco de formação de compostos nocivos. Alguns óleos que têm alto ponto de fumaça são o óleo de coco, o óleo de palma e o óleo de canola. O ideal, segundo a Anvisa, é aquecer os óleos até 180°C no máximo.

Logo, Para esse uso, o ideal é escolher aqueles com maiores temperaturas de ponto de fumaça, como demonstrado a seguir:

Óleo Ponto de fumaça
Soja  226 – 232°C
Girassol 226 – 230°C
Canola  213 – 223°C
Algodão  218 – 228°C
Oliva 175 – 190°C

Por fim, o último fator a considerar na escolha é a embalagem. A luz que passa em embalagens transparentes é responsável por acelerar o processo de oxidação dos óleos, entrando em degradação.

Dessa forma, dê preferência a embalagens de vidro e escuras que previnem a degradação do seu óleo e armazene em local fresco e escuro.

 

Ranking das opções saudáveis de óleos para substituir o azeite

 

Para te ajudar na escolha do melhor substituto para o azeite na hora de cozinhar, fizemos um ranking com as melhores opções.
Usando como critério alguns fatores como: o tipo e a quantidade de gorduras, o ponto de fumaça, o sabor, o preço e a origem.
O ranking é o seguinte:



  • oleo de abacate
  • Óleo de abacate: Rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom, além de ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, que protegem o coração e o cérebro. Tem um alto ponto de fumaça, podendo ser usado para frituras ou temperos. Apresenta um sabor suave e agradável, que combina com vários pratos. Contudo é uma das opções mais caras, mas também uma das mais saudáveis.

    oleo de coco

  • Óleo de coco: Rico em gorduras saturadas de cadeia média, que são facilmente digeridas e usadas como fonte de energia pelo organismo. Tem propriedades antibacterianas, antifúngicas e antivirais, que fortalecem o sistema imunológico. Apresenta um alto ponto de fumaça, podendo ser usado para frituras ou assados. Tem um sabor doce e aromático, que pode realçar o sabor dos alimentos. É uma opção acessível e versátil.

    oleo de amendoim

  • Óleo de amendoim: Rico em gorduras poliinsaturadas, que ajudam a regular os níveis de colesterol e prevenir doenças cardiovasculares, além de antioxidantes, que combatem os radicais livres. Tem um alto ponto de fumaça, podendo ser usado para frituras ou refogados. Tem um sabor leve ou intenso de amendoim, dependendo da marca. É uma opção econômica e nutritiva.
    oleo de gergelim
  • Óleo de gergelim: É rico em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, que beneficiam a saúde do coração, além de vitamina E, que protege as células do estresse oxidativo. Tem um ponto de fumaça médio, podendo ser usado para saltear ou grelhar. Tem um sabor forte e marcante, que é típico da culinária asiática. É uma opção moderada em preço e sabor.
    oleo de uva
  • Óleo de uva: é rico em gorduras poliinsaturadas, que ajudam a controlar os níveis de colesterol “ruim” no corpo e proteger a saúde cardiovascular, além de antioxidantes, que previnem o envelhecimento precoce. Tem um ponto de fumaça médio, podendo ser usado para cozinhar ou temperar. Tem um sabor neutro e suave, que não interfere no sabor dos alimentos. É uma opção barata e discreta.
    oleo de palma
  • Óleo de palma: Também conhecido como azeite de dendê, esse óleo é abundante em gorduras saturadas, que, se consumidas em excesso, podem aumentar o risco de doenças cardíacas .
    Entretanto, também é rico em vitamina E, que tem ação antioxidante e anti-inflamatória.  Apresenta um alto ponto de fumaça, podendo ser usado para frituras ou ensopados. Tem um sabor terroso e peculiar, que pode não agradar a todos os paladares. É uma opção controversa do ponto de vista ambiental e social.

Portanto, o óleo de abacate seria a melhor opção saudável para substituir o azeite, seguido pelo óleo de coco e pelo óleo de amendoim. O óleo de gergelim e o óleo de uva seriam opções intermediárias, enquanto o óleo de palma seria a pior opção.


Óleos mais comuns que também são bons substitutos do azeite 

Entretanto não podemos esquecer das opções mais populares, e mais usadas no dia a dia, como o : 

  • Óleo de soja: Um dos mais acessíveis no mercado. Contém ácidos graxos saturados, mono e poli-insaturado, sendo este último o mais predominante, e fornece ômega-3, 6 e 9.
    Por essa composição nutricional, o óleo de soja é visto como uma boa fonte de gordura na alimentação, mas ainda há muitas incertezas sobre seu consumo por ser feito a partir da soja transgênica. 

  • Óleo de canola Ao contrário dos outros óleos que têm o mesmo nome da planta que usam, o óleo de canola é produzido a partir de uma planta chamada colza. Seu nome vem da abreviação de “canadian oil, low acid” ou óleo canadense de baixa acidez. Está entre os óleos vegetais com menor quantidade de ácido graxo saturado, tem os três ômegas em sua composição e é boa fonte de vitamina E. 

oleo de soja

  • Óleo de girassol O óleo de girassol é rico em ômega-6 e ômega-9 e é outra opção para temperar saladas ou refogar alimentos, mantendo o consumo de ácidos graxos saturados equilibrado. 

  • Óleo de milho Com a mesma proporção de ácidos graxos saturados que o óleo de soja, tem como diferenciais uma maior quantidade de ômega-9 e vitamina E. Tem uma proporção superior de ômega-6 em comparação com o ômega-3 e, como também pode ser produzido a partir do milho transgênico, vale a mesma ressalva do óleo de soja. 

  • Óleo de algodão O óleo de algodão é menos comum que os demais e é o mais rico em vitamina E que apresentamos aqui. Possui bastante ômega-6, bem acima da porção de ômega-3 e uma quantidade significativa de gordura saturada.

 

São várias as opções para você substituir o azeite, esperamos ter te ajudado na escolha!

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