O Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicaram na última quarta-feira (7) resolução que estabelece normas para o estímulo ao parto normal e a consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar. Hoje, 23,7 milhões de mulheres são beneficiárias de planos de assistência médica com atendimento obstétrico no país. Em 180 dias, as regras passam a ser obrigatórias.
No Brasil, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na saúde suplementar. Na rede pública este número é menor, de cerca de 40% dos partos. A cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados a prematuridade.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) emitiu nota de apoio ao conjunto de ações do ministério e da ANS. A entidade destaca que a decisão médica por parto normal ou cesárea deve considerar os riscos para a mãe e para o bebê, mas caso o parto normal não ofereça risco, deve ser a principal alternativa .
Fonte: ANS, O Estado de São Paulo e Diário do Nordeste (CE)
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